AUGUSTINÓPOLIS – O mundo há anos caminha à passos largos para a inclusão social de pessoas de todas as matizes, gêneros, com deficências ou com qualquer tipo de impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, ou em interação com diversas barreiras. E o Brasil embarcou neste sensível movimento que ganha asas e a permite a todos o direito de existir e ser e não há ambiente melhor para proliferar atitudes e sentimentos de grande nobreza humana que a escola.
O Tocantins, por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não está alheio a situação. A Escola Estadual Beira Rio, em Luzimangue, distrito de Porto Nacional, foi a primeira parceira tocantinense a aplicar os métodos da Escola Perkins para Cegos (Perkins School for the Blind), instituição americana, fundada em 1829, em Boston (Massachusetts) e que tem atuação em diversos países ao redor do mundo, comprometida em fornecer educação e serviços que construam vidas produtivas e significativas para crianças cegas ou surdocegas, incluindo aquelas com deficiências adicionais.
A Escola Beira Rio tornou-se uma escola modelo, agora apoiando a Seduc e a Escola Perkins na multiplicação do trabalho, formando professores e orientadores. O programa foi implementado por quatro anos, nos anos de 2019 ate 2022 e nas duas escolas do Bico será entre os anos de 2023/25. Em síntese, o programa e os treinamento ensinam as escolas a “aprenderem a serem de fato inclusiva, quebrando barreiras e ensinado novos horizontes na aplicação dos aprendizados”, resumiu uma das professoras ao portal Voz do Bico.
BICO DO PAPAGAIO
Com o resultado positivo em Luzimangues, este ano os programas da Escola Perkins para Cegos serão aplicados no CMTO La Salle, em Augustinópolis em na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves em Buriti, com apoio da Seduc por meio da Diretoria Regional De Educação de Araguatins. “O propósito é fazer uma inclusão de verdade, onde o estudante não venha só passear na escola, ou ficar na sala de aula como um ser passivo. De fato, tem uma proposta educacional, currículo adaptado, programa individualizado que possa avançar no aprendizado, este estudante está na escola para aprender como qualquer outro estudante”, especificou Ana Lúcia P. Rago, representante dos Programas Internacionais do Perkins no Brasil.
Apesar da designação “para Cegos”, na verdade o programa abarca todos os alunos matriculados na rede regular ou matriculado no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e também engloba todas as faixas etárias. Pouco mais de 70 estudantes foram avaliados com alguma necessidade especial, portanto precisando de atendimento especifico nas duas escolas do Bico. Vale pontuar que toda equipe da escola recebe qualificação para atender os alunos com necessidades especiais, incluindo aí até a família.
Geiza Tavares Pereira, Assessora de Educação Especial na DRE Araguatins, usando uma camiseta com a frase “Todos Podem Aprender”, diz que a Diretoria Regional se encontra em “estado de graça” por ter duas escolas da sua regional selecionadas para participarem da Escola Perkins para Cegos. Já a professora Lucíola Alvin, se diz “maravilhada” com a participação do La Salle, em especial por ela estar à frente da educação especial há 13 anos, e destaca em sua conversa um estudante especial que ela acompanha há bastante tempo e recentemente ele foi aprovado para o curso de Ciência Contábeis da Unitins. “Uma satisfação imensa”, conclui.
PRESENÇA
Participaram da visita nas escolas contempladas as seguintes profissionais:
Ana Lúcia P. Rago, representante dos Programas Internacionais do Perkins no Brasil;
Paola Regina Martins Bruno, Gerente de Educação Especia da Seduc e Coordenadora da Perkins para região Norte;
Valeria Franco, Gerente de Qualidade Educativa da Perkins;
Geiza Tavares Pereira, Assessora de Educação Especial na DRE Araguatins;
Lucíola de Alvin Costa Lima, Professora SAEE – Sala de Recursos; e
Luciana Sousa Nascimento, Coordenadora de Programa e Projetos Perkins.
(Redação Voz do Bico)
