Ataídes e Randolfe batem boca e discussão quase termina em pancadaria

quarta-feira, 24 de maio de 2017 às 10:50
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Um bate boca entre os senador tocantinense, Ataídes Oliveira (PSDB) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quase termina em agressões físicas na tarde desta terça-feira (23), ), quando o governo tentava avançar com a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

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Com os ânimos alterados, os parlamentares trocaram ofensas e tiveram que ser contidos pelos colegas. A leitura do relatório marcada para hoje chegou a ser interrompida.
A oposição tentou impedir a leitura do relatório por meio de um requerimento apresentado à mesa diretora da comissão. Contudo, o pedido foi rejeitado em votação apertada, por 13 votos a 11.

A confusão começou quando o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou subir na mesa e Fátima Bezerra (PT-RN) sentou-se para comandar a sessão.

Randolfe disse para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) que ele “apoiava um governo corrupto”. O tucano respondeu chamando Randolfe de “bandido”, que retrucou: “me respeite, bandido é o senhor”. Ataídes se irritou e partiu para cima de Randolfe, chamando-o de “moleque” e “vagabundo”.

Ataídes foi retirado da sala por seguranças. Enquanto saía, gritava: “Moleque! Vou te pegar lá fora”.

Depois do bate-boca, senadores da oposição formaram um cordão em frente à mesa para impedir a leitura do relatório.

No fundo da sala, sindicalistas que se opõem à reforma trabalhista gritavam palavras de ordem como “Fora Temer”, Jucá na cadeira”e “cadê o Aécio?”.
Ricardo Ferraço (PSDB- ES), relator da reforma trabalhista, deixou a sala nomeio da confusão, aconselhado pelo líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR).

A confusão interrompeu os trabalhos na comissão e apenas senadores puderam ficar na sala. O presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), reabriu a sessão e deu o relatório como lido.

Randolfe deixou a sala dizendo que o governo queria ler o texto “na marra”. O senador ainda chamou a base governista de autoritária.

O senador Ataídes, que foi para cima de Randolfe, deixou a sessão afirmando que “só no Brasil [isso acontece]. Uma cena lamentável”, disse.

(FOLHA DE SÃO PAULO)

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