A Polícia Federal esteve no apartamento do Deputado Estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), na Quadra 110 Sul em Palmas, executando mandado de condução coercitiva, de acordo com informações do G1 Tocantins. A ação é referente à 4ª fase da Operação Ápia, deflagrada ano passado. Informações colhidas pelo JTo dão conta de que o parlamentar já está na Superintendência da Polícia Federal e foi conduzido dentro do carro da corporação.
O escritório de advocacia de Renan Bezerra de Melo Pereira, ex-superintendente de obras e filho do procurador geral do Ministério Público Estadual, Clenan Renaut de Melo, também foi alvo da operação na manhã de hoje. A Polícia Federal executou mandado de busca e apreensão no local.
A ação da Polícia Federal segue em segredo por determinação judicial.
Operação Ápia
Deflagrada em outubro de 2016, a operação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que teria fraudado contratos da ordem de R$ 1,2 bilhão em licitações, celebrados para terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais, entre 2013 e 2014. Quando foi deflagrada, o ex-governador Sandoval Cardoso chegou a ser preso.
Eduardo Siqueira Campos
Em entrevista à TV Anhanguera, o deputado estadual afirmou que essa é a primeira vez que depõe na Operação Ápia e diz ainda ser sua obrigação enquanto um cidadão comum e agente público. “Fizeram a revista no apartamento, não há o que encontrar ou levar. Acho que isso faz parte”.
Questionado pelo repórter Cassiano Rolim sobre suspeita de que parte do dinheiro teria abastecido a campanha de Eduardo, o parlamentar disse se tratar de coisas diferentes. “Sou o deputado mais votado do Estado, e já fui, desculpe, senador mais votado da história do Tocantins, duas vezes deputado federal mais votado do estado e fui dessa vez deputado estadual mais votado. Então assim, eu repilo com veemência a colocação de que qualquer dinheiro tenha entrado”, destacou o parlamentar ao alegar que não há depósito ou transação financeira e nem doação feita em período eleitoral.
Ao negar que tenha qualquer tipo de dinheiro de origem ilegal, o deputado concluiu: “Não recebi, já refutei isso, vou refutar e o final dessa operação vai ser simplesmente a conclusão de que os 50 anos que eu vivo aqui, com meu pai, são 50 anos de uma vida correta, honesta, de representação, da fundação do estado, e é isso que eu tenho pra dizer. Só isso.”
(JORNAL DO TOCANTINS)