PF realiza operação para investigar fraudes no Igeprev, mais uma vez

quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 08:41
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Na manhã de ontem (27) a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Naum”, tendo como alvo pessoas que supostamente seriam membros de uma organização criminosa que atuava no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev).

Segundo informações da PF, o grupo teria gerado um prejuízo aos cofres públicos de mais R$ 263 milhões através de fraudes nas aplicações do Igeprev. Contudo, o atual presidente do órgão, Jacques Silva, afirmou que o rombo pode chegar a mais de R$ 400 milhões. Além disso, mais de um R$ 1 bilhão teria sido comprometido por aplicações de alto risco que vêm causando prejuízo ao instituto.

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Prestaram depoimentos ontem o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), o ex-secretário estadual de administração Lúcio Mascarenhas e Nilmar Ribeiro Máximo, ex-diretor de finanças do instituto. Além dos nomes acima, fontes extraoficiais citaram Hélio Andrade Aguiar, ex-diretor de previdência do Igeprev; Robson Alexandre Tavares, antigo chefe do setor jurídico do órgão; Edson Santana Matos, ex-superintendente; Rogério Villas Boas, ex-gestor do Igeprev e o doleiro Fayed Traboulsi. A reportagem também apurou que ao todo teriam sido expedidos 21 mandados de condução coercitiva em todo o País.

Ação

De acordo com a polícia, agentes federais cumpriram medidas judiciais nos estados do Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Agentes da PF estiveram na sede do Igeprev, em Palmas, por duas horas durante a manhã de ontem em busca de documentos que serão utilizados nas investigações. Enquanto isso, os investigados prestavam esclarecimentos na sede da Polícia Federal. Nilmar Ribeiro Máximo foi o primeiro a deixar o local, por volta das 11h em companhia de seu advogado e não quis dar entrevista. Lúcio Mascarenhas saiu pelos fundos e não atendeu as ligações da reportagem. Os demais envolvidos também saíram pelos fundos e não falaram com a imprensa.

De acordo com uma nota divulgada pela PF, a operação é sigilosa e para não comprometer o andamento das investigações, o Tribunal Regional Federal (TRF) proibiu a divulgação de outros detalhes sobre a ação.

Eduardo Siqueira

O deputado prestou depoimento à PF por mais de nove horas. Por volta de meio-dia o advogado de Eduardo Siqueira precisou buscar remédios de uso contínuo para que ele tomasse ainda durante os esclarecimentos.

A assessoria do parlamentar divulgou em nota que “o deputado ainda está em tratamento de saúde e não sentiu-se bem durante o depoimento, que só foi encerrado volta das 17h e teve que ir direto para sua residência. Os esclarecimentos à imprensa e à sociedade serão fornecidos assim que o deputado estiver restabelecido”.

Antecedentes

A operação deflagrada ontem seria um desdobramento da Operação Miquéias que foi deflagrada no dia 30 de setembro de 2013.

(JORNAL DO TOCANTINS)

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