
Como o slogan Prevenção é o melhor Remédio, Faça o TESTE, a Campanha Estadual de 2017 para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado todo dia 1º de dezembro, alerta a população sobre a importância da testagem rápida do HIV, bem como o uso de preservativos. Disponíveis nas unidades básicas de saúde da maioria dos municípios tocantinenses, os testes rápidos podem ser acessados pela população e o Estado vem promovendo a formação contínua de profissionais nos municípios para realização da técnica que permite, tanto o diagnóstico do HIV quanto a avaliação para sífilis e hepatites virais B e C.
A campanha é realizada desde 1988, pelo Ministério da Saúde, e desenvolvida no Tocantins pela Superintendência de Vigilância, Promoção e Proteção à Saúde/Diretoria de Doenças Transmissíveis e não Transmissíveis/Gerência de DST/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Segundo a enfermeira da Gerência Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais da SES, Caroline Biserra Costa da Luz, além das unidades básicas de saúde, os Serviços de Assistência Especializada (SAE) em Araguaína, Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional e Gurupi e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), em Araguaína e Palmas, possuem os testes à disposição.
“As ações da campanha estão pautadas no incentivo aos municípios a ofertarem testes-rápidos à população, distribuição massiva de preservativos, palestras educativas, propaganda midiática e nas redes sociais digitais, devido à grande mobilização e poder de alcance que esta modalidade de comunicação possui, além do incentivo à iluminação de prédios públicos (conforme a Lei nº 13.504 de 07 de novembro de 2017, que institui a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis)”, explicou Caroline Biserra.
A preocupação da área técnica, segundo a enfermeira, é com o controle dos números de casos registrados no Estado, que, de 2014 a 17 de novembro deste ano, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-TO), registrou 454 casos de Aids e 951 de HIV. No Tocantins, existem em tratamento 2.714 pacientes, distribuídos entre as cinco unidades do Serviço de Assistência Especializada.
“Muitos são os esforços empregados pela Secretaria de Estado da Saúde a fim de ampliar a oferta de exames para o diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, bem como tratamento em tempo oportuno aos pacientes diagnosticados com HIV/Aids. O momento do diagnóstico da infecção está diretamente relacionada com o sucesso do tratamento, e consequentemente, com a qualidade de vida da Pessoa Vivendo com o HIV/Aids – PVHIV”, enfatizou a enfermeira.
A enfermeira destacou ainda que é fundamental a participação dos municípios nesse processo, principalmente no que diz respeito à garantia da qualificação dos profissionais, bem como a oferta de uma estrutura mínima para realização dos procedimentos, conforme preconizado. “A garantia da realização do diagnóstico pela equipe de saúde da família contribui para gerar vínculo entre paciente e serviço/equipe, permite uma assistência mais efetiva no que se refere a transporte, cuidados básicos, e encaminhamentos a médicos aos serviços de referência que garantirão o melhor acompanhamento, no caso de pacientes que tenham diagnóstico de HIV”, finalizou Caroline Biserra.
O que é HIV
Segundo publicação do Ministério da Saúde, HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter o vírus não é a mesma coisa que ter Aids, pois há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
HIV é contraído pelo: sexo vaginal sem camisinha; sexo anal sem camisinha; sexo oral sem camisinha; uso de seringa por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação e uso de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Como forma de amenizar as discriminações quanto às pessoas portadoras do vírus, é importante destacar que não pega HIV com: sexo desde que se use corretamente a camisinha; masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete/toalha/lençóis; talheres/copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue e nem pelo ar.
(SECOM/TO)