
PALMAS – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que o juiz federal Pedro Felipe de Oliveira, da 4ª Vara da Justiça Federal em Palmas, colha os depoimentos de 32 testemunhas da Operação Maet, deflagrada em 2010 pela Polícia Federal no Tocantins e investiga a venda de sentenças por parte de desembargadores no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO).
A previsão é que a Justiça Federal comece a colher os depoimentos na próxima semana, mas ainda não há informações de quem será interrogado pelo juiz. Supostas irregularidades no pagamento de precatórios e a venda de sentenças são alvos da operação, que resultou no afastamento e denúncia, no final de 2010, da então presidente do TJ-TO, Willamara Leila, e dos desembargadores Liberato Póvoa, Amado Cilton Rosa e Carlos Souza.
Segundo as investigações, o esquema teria quebrado ilegalmente a ordem de quitação das dívidas judiciais e teria cobrado de beneficiários um pedágio que alcançava quase 50% do valor da dívida para ser rateado entre servidores, advogados e desembargadores. A denúncia do Ministério Público Federal encaminhada ao STJ narra nove casos de desvios com precatórios. A investigação é considerada a maior já realizada dentro do judiciário estadual.