PALMAS – Em Assembleia Geral extraordinária realizada nesta quarta-feira (24), na sede do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins (Sindepol/TO), em Palmas, foram debatidas ações que promovam e valorizem a classe, a falta de infraestruturas nas delegacias e o cumprimento das leis por parte do Governo do Estado. Participaram da assembleia mais de 120 delegados.
Segundo o presidente do Sindepol, Mozart Felix, a ação é importante, pois a equipe precisa se sentir estimulada para cumprir o dever de cuidar da segurança da população. “Os delegados têm se sentido desvalorizados e até desmotivados em razão de vários direitos que não estão sendo cumpridos pelo Governo do Estado”, disse o presidente.
Segundo Bruno Boaventura, delegado Regional em Araguaína, é preciso existir mais consideração à profissão. “Nossa classe precisa ser respeitada, existe um descaso por parte do governo conosco, todos temos famílias e precisamos ter os nossos direitos cumpridos. A forma como estamos sendo tratados não está certa”, afirmou.
Após a Assembleia Geral Extraordinária, os delegados seguiram para o Palácio Araguaia, onde reivindicam seus direitos diretamente ao Governo do Estado. Entre as reivindicações, os profissionais querem a criação de um projeto de lei que disponha sobre a Lei Orgânica da Polícia Civil e o cumprimento do plano de cargos, carreiras e subsídios.
Dos 139 municípios do Tocantins e das 220 unidades operacionais, várias cidades não contam com delegado titular. No interior, delegados são responsáveis por até cinco municípios simultaneamente e convivem com a falta de agentes de polícia e escrivães. Hoje, com 182 delegados e déficit de mais de 62, a Polícia Civil passa por um processo de reestruturação. A lei prevê um quadro com 244 delegados no Estado. Esse quadro não condiz com a realidade atual do Tocantins. O ideal seria, segundo o Sindepol, 280 delegados para ter apenas um profissional em cada unidade. (Redação Voz do Bico, com informações da Assessoria)