China pede “contenção” aos EUA para reduzir tensão com Coreia do Norte

sábado, 12 de agosto de 2017 às 09:29
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Xi Jinping, presidente da China. – Foto: AP

O presidente da China, Xi Jinping, pediu ao chefe de Estado dos Estados Unidos, Donald Trump, “contenção” para evitar mais tensão na Península Coreana, após vários dias com trocas de ameaças entre Washington e Pyongyang.

“As partes implicadas (em alusão a EUA e Coreia do Norte) devem evitar declarações e ações que aumentem a tensão”, disse Xi, que manteve uma conversa telefônica com Trump.

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O presidente chinês também assegurou que seu país “está disposto a trabalhar com o governo americano para resolver a questão”, informou a agência oficial “Xinhua”.

“China e EUA compartilham o interesse por desnuclearização e paz na Península Coreana”, acrescentou Xi na conversa com Trump, que aconteceu em pleno momento de escalada de tensão com a Coreia do Norte, que ameaçou bombardear a ilha de Guam, um território controlado pelos EUA no Pacífico.

Horas antes da conversa entre Trump e Xi, o Ministério das Relações Exteriores da China também pediu aos Estados Unidos e à Coreia do Norte que “abandonem o velho método de demonstração de poder” e “controlem suas palavras e ações”.

Pouco antes, um jornal ligado ao Partido Comunista da China, o “Global Times”, analisou a situação de um hipotético conflito armado entre EUA e Coreia do Norte e enfatizou que Pequim, em nenhum caso, deveria apoiar Washington.

Segundo o editorial do citado jornal, a China deve ser neutra se a Coreia do Norte atacar primeiro, mas, por outro lado, se os EUA decidirem dar esse passo, o regime chinês deveria fazer o possível para impedi-lo.

Trump criticou em várias ocasiões a China, o principal aliado da Coreia do Norte, por “não fazer nada” para resolver esse conflito, e Pyongyang também manifestou seu descontentamento com Pequim depois que o governo chinês decidiu apoiar as sanções econômicas contra o regime no Conselho de Segurança da ONU.

A China, por outro lado, se opõe à instalação do escudo antimíssil americano THAAD em território sul-coreano, que, em teoria, foi desenvolvido como defesa contra possíveis projéteis lançados pela Coreia do Norte, mas Pequim considera que este equipamento também representa uma ameaça a sua segurança, já que seu raio de alcance inclui partes do território chinês.

(EFE)

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