Covid-19: primeira fase de imunização não deve apresentar impacto imediato

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021 às 11:54
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Foto: Shutterstock

O início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil ocorreu em janeiro. Desde então, muitas pessoas comemoram o que pode ser o fim da pandemia. No entanto, de acordo com projeções do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, Estados Unidos, mesmo com o processo de imunização, a mortalidade deve continuar subindo por aqui.

Atualmente, o país conta com mais de 225 mil mortes. Esse número deve continuar subindo pelo menos pelos próximos três meses, segundo as previsões – que foram feitas com base em simulações matemáticas a partir de um cenário em que apenas uma parte da população está imunizada.

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Nesse mesmo período, o número de óbitos deve chegar a cerca de 265 mil – mesmo que 95% da população continue aderindo ao distanciamento social e o uso de máscaras. Na ausência dessas medidas de proteção, o IHME afirma que o total de óbitos pode subir para 284 mil.

O que a vacinação do grupo de risco pode fazer, segundo Julio Croda, infectologista da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é diminuir a pressão sobre os serviços hospitalares e a lotação das UTIs.

Ainda de acordo com Croda, a vacinação em massa é o único fator que pode ajudar a controlar a pandemia. Mesmo assim, imunizar 20% da população – com foco nos grupos de risco -, já deve diminuir a pressão pela qual o sistema de saúde brasileiro está passando.

Vale lembrar que a projeção de mortes calculada pelo IHME tem como base apenas o vírus que está circulando há alguns meses, não a variante encontrada em Manaus – e que já foi encontrada em outros estados, como São Paulo.

Por isso, ainda é recomendado que todos continuem se protegendo ao manter as recomendações de distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização constante das mãos. Isso tudo para que as contaminações sejam evitadas e, consequentemente, as mortes diminuam, já que, “no ritmo atual de vacinação, vai demorar pelo menos seis meses para observarmos algum impacto”, finaliza Croda.

(OLHAR DIGITAL – Via: Pesquisa Fapesp)

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