A Casa Branca advertiu o presidente da Síria, Bashar al-Assad, na segunda-feira (26), que ele e seu Exército “pagarão um preço alto” se conduzirem um ataque com armas químicas, e disse que os Estados Unidos têm motivos para acreditar que tais preparações estão em andamento.
A Casa Branca disse em comunicado divulgado na noite de segunda-feira que os preparativos pelo governo da Síria são semelhantes àqueles realizados antes do ataque com armas químicas do dia 4 de abril que matou dezenas de civis e fez com que os presidente norte-americano, Donald Trump, ordenasse o lançamento de um míssil em uma base aérea da Síria.
“Os Estados Unidos identificaram possíveis preparações para outro ataque de armas químicas pelo regime de Assad, que provavelmente resultaria no assassinato em massa de civis, incluindo crianças inocentes”, disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
“Se… Assad conduzir outro ataque de assassinato em massa usando armas químicas, ele e seu Exército pagarão um preço alto”, disse.
Autoridades da Casa Branca não responderam de imediato a pedidos por comentários sobre potenciais planos dos Estados Unidos ou sobre os dados de inteligência que instigaram o comunicado sobre as preparações da Síria.
Após o ataque químico ocorrido no norte da Síria em abril deste ano,em que países do Ocidente acusam Assad, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um bombardeio unilateral contra uma base aérea na cidade de Homs, controlada pelo governo sírio.
Esse bombardeio foi o primeiro ataque direto de forças americanas contra o regime de Assad em seis anos de guerra na Síria.
Rússia reage
Os avisos da Casa Branca para que o presidente sírio, Bashar al-Assad, e seu Exército não conduzam um ataque com armas químicas são inaceitáveis, disse o Kremlin nesta terça-feira (27).
“Eu não estou ciente de nenhuma informação sobre uma ameaça de que armas químicas podem ser usadas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma entrevista para a imprensa.
“Certamente, nós consideramos tais ameaças para a liderança legítima da República Árabe da Síria inaceitáveis”, disse Peskov. (Com as agências internacionais)