AUGUSTINÓPOLIS – Na última quarta-feira, 4, o Câmpus Augustinópolis da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) foi palco de uma roda de conversa sobre violência racial promovida pelo curso de Enfermagem. A ação foi idealizada para sensibilizar e ampliar o entendimento de docentes e discentes sobre o impacto da violência racial em diversas esferas.
Durante o encontro, a professora Renata de Sá Ribeiro, idealizadora da ação, destacou a importância de abordar o tema. “Recebemos o convite para falar sobre violência racial e trazer as faces dessa violência – simbólica, estrutural, institucional. Trouxemos também possibilidades de contraponto, como a representatividade e a construção de identidade ética, além da noção de pertencimento ético-racial. Amei o convite e espero contribuir com este debate tão necessário”, disse a docente do curso de Enfermagem.
A roda de conversa abordou conceitos fundamentais, como os tipos de violência racial e suas raízes históricas no Brasil. Conforme definição da Organização das Nações Unidas (ONU), a violência racial refere-se a ações intencionais que utilizam força ou poder de forma ameaçadora ou efetiva contra grupos étnico-raciais, como negros e indígenas, causando danos físicos, psicológicos ou sociais.
No Brasil, a herança da colonização e da escravidão perpetuou um cenário de exclusão e marginalização desses grupos. Mesmo 135 anos após a abolição da escravidão, a violência racial ainda se manifesta devido à negligência histórica da sociedade na promoção da igualdade de direitos, como acesso à educação e moradia digna.
O evento no Câmpus Augustinópolis reforçou o compromisso da Unitins em proporcionar debates necessários para a formação acadêmica e de cidadania de seus alunos, contribuindo para o enfrentamento de questões sociais complexas, como a discriminação racial.
(DICOM UNITINS)
