Operação da PF mira o empresário Joesley Batista, da JBS, e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho

sexta-feira, 12 de maio de 2017 às 09:20
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               Luciano Coutinho é alvo de busca e apreensão na Operação Bullish. – Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta (12), uma operação para investigar fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da subsidiária BNDESPar, ao grupo JBS, que detém a marca Friboi. Entre os alvos da Operação Bullish, estão o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, alvos de busca e apreensão.

 

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Segundo a PF, os aportes, no valor de R$ 8,1 bilhões, foram feitos a partir de junho de 2007, para que o grupo comprasse empresas do ramo frigorífico. Os investigadores sustentam que a liberação dos recursos teve tramitação recorde após a contratação de uma empresa de consultoria ligada a um parlamentar. O nome dele ainda não foi divulgado.

 

De acordo com a Polícia Federal, as transações foram executadas sem a exigência de garantias e com a dispensa indevida de prêmio contratualmente previsto, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

 

Ao todo, são cumpridos 37 mandados de condução coercitiva (30 no Rio de Janeiro e sete em São Paulo) e 20 de mandados de busca e apreensão (14 no Rio e 6 em São Paulo), além de medidas de indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas que participam direta ou indiretamente da composição acionária do grupo empresarial investigado.

 

Os controladores do grupo estão proibidos, ainda em razão da decisão judicial, de promover qualquer alteração societária na empresa investigada e de se ausentar do país sem autorização judicial prévia. A Polícia Federal monitora cinco dos investigados que estão em viagem ao exterior.

 

O nome da Operação Bullish faz alusão à tendência de valorização gerada entre os operadores do mercado financeiro em relação aos papéis da empresa, para a qual os aportes da subsidiária BNDESPar foram imprescindíveis.

 

(CONGRESSO EM FOCO)

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