Respostas sobre os mitos que envolvem a AIDS

terça-feira, 1 de dezembro de 2020 às 09:57
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Pequenas atitudes podem prevenir de um grande problema. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

O dia 1º de dezembro é conhecido como o Dia Mundial de Combate à AIDS. Na data, é feita a conscientização sobre o vírus HIV e a AIDS, não só em relação ao entendimento do que é a doença e a importância da prevenção, como também para quebrar alguns tabus que foram construídos ao longo dos anos.

No Tocantins, de janeiro a novembro de 2020 foram registradas 172 pessoas diagnosticadas com HIV e 52 com Aids. Dessas, 67 estão na faixa etária de 15 a 24 anos. Veja abaixo as principais dúvidas sobre o assunto.

O que é HIV? E AIDS?

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Uma das maiores dúvidas que possam surgir com a AIDS e o HIV é a diferença entre os dois termos, e em que momento usá-los. O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que provoca a doença chamada AIDS que, por sua vez, ataca o sistema imunológico da pessoa infectada, fazendo com que o seu organismo não consiga se defender de doenças.

Sendo assim, ser infectada com o vírus HIV não significa, no entanto, que a pessoa está com AIDS. Existem várias pessoas com o vírus, chamadas de soropositivas, que passam anos com esse invasor no organismo sem que a doença se manifeste. No entanto, isso não significa que a pessoa não possa passar o vírus para outras, sendo importante, então, conscientizar para a prevenção.

Estar contaminado com o HIV é uma sentença de morte?

Antigamente, lá nos anos 1980 e 1990, muitas pessoas perderam a batalha contra a doença. Então, quando a pessoa era diagnosticada com o vírus HIV no organismo, era praticamente o mesmo que receber a sua sentença de morte e começar a contar os dias para o seu fim.

No entanto, hoje em dia nada disso acontece, pois com o tratamento adequado já descoberto, uma pessoa que contraiu o vírus HIV pode viver normalmente desde que se cuide seguindo todos os passos aconselhados pelos médicos, mesmo que ainda não tenha uma cura. Quando um paciente é diagnosticado com o vírus ou com a doença, logo ele começa a ser medicado com medicamentos antirretrovirais (ARV), que inibem a multiplicação do HIV e evitam que o sistema imunológico seja enfraquecido.

Felizmente, aqui no Brasil, o tratamento é gratuito desde 1996 e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e desde 2013 está liberado para todas as pessoas, independentemente da carga viral de cada um.

Já que existe tratamento, não é tão ruim assim?

Mesmo que hoje o tratamento seja acessível, pelo menos aqui no Brasil, e que seja possível viver normalmente dessa forma, não significa que o vírus não poderá trazer complicações de saúde, ou ainda oferecer risco de morte. É preciso pensar que existem diferentes grupos sociais que talvez não consigam se tratar da forma adequada, então a melhor solução sempre vai ser a prevenção em vez de se arriscar a ter um vírus perigoso no organismo para o resto da vida.

O governo alterou a estrutura do departamento do Ministério da Saúde responsável pelas ações de combate ao HIV/Aids e a outras doenças sexualmente transmissíveis (Thinkstock/VEJA/VEJA)

Se uma pessoa com HIV se trata com PrEP, ela precisa usar preservativo?

Existe uma medicação chamada profilaxia pré-exposição, também conhecida pela sigla PrEP, que é usada antes da exposição da pessoa ao vírus HIV, que de fato funciona muito bem como forma de prevenção. Isso não significa, no entanto, que não exista a necessidade de usar preservativo na hora de ter relações sexuais, visto que a medicação não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis.

Quando a pessoa testa negativo para HIV, ela pode fazer sexo sem proteção?

Se uma pessoa desconfia que está infectada com o vírus HIV, e de fato está, há a possibilidade de que o resultado do primeiro teste ainda não seja positivo. Então, é necessário esperar pelo menos três meses para que seja possível detectar a presença de anticorpos que surgem com a infecção. Então, sempre depois do primeiro teste, é recomendado refazer 90 dias depois.

Se os dois parceiros possuem HIV, não é preciso usar preservativo na relação sexual?

A recomendação médica é que, mesmo se ambos os parceiros possuem o HIV no organismo, o uso do preservativo seja levado em conta de qualquer forma, pois existe a chance de que uma cepa diferente do vírus seja transmitida à outra pessoa. Em casos mais raros, pode acontecer a transmissão de uma forma de HIV que é considerada uma superinfecção, vinda de uma cepa que é resistente às medicações antirretrovirais usadas no momento.

Beijo pode passar o HIV?

Desde que o vírus HIV se tornou pauta, muitas pessoas ainda nutrem dúvida em relação à forma na qual ele é transmitido. Felizmente, o simples toque ou um beijo não transmitem o vírus, e isso acontece apenas quando há o contato com o sangue do infectado, em transfusões de sangue ou o compartilhamento de agulhas, ou através dos fluidos da relação sexual, como o esperma. Por isso, é importante sempre usar preservativos.

Em caso de suspeita de contaminação, é preciso buscar ajuda médica para a realização do exame o quanto antes, assim como para o uso dos medicamentos.

(Canaltech)

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