Rochas extraídas da Lua são vendidas em leilão por US$ 855 mil

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018 às 11:44
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Superfície Da Lua (Foto: Nasa Apollo/Wikimedia Commons)

Seixos de rocha lunar, os únicos fragmentos coletados legalmente na superfície da Lua, foram vendidos por US$ 855 mil (valor superior a R$ 3,3 milhões na atuação cotação) em um leilão promovido pelaSotheby’s. No evento ainda foram leiloadas fotografias tiradas da Lua e de Marte, projetos de foguetes, jogos, autógrafos e outros itens.

Segundo os organizadores, a maior venda do dia foi a das rochas. A segunda maior foi um traje usado no programa espacial Mercury, vendido por US$ 162,5 mil (o equivalente a R$ 636 mil), se tornando a única roupa da NASA que está em mãos particulares.

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Recolhidas em setembro de 1970 pela primeira sonda a aterissar no satélite natural, a Luna-16, da União Soviética, as pedrinhas foram exibidas em um recipiente de vidro com uma lente de ampliação. Os três seixos combinados pesam aproximadamente 0,01 grama. Simplificando, é quase o peso de uma gota de chuva.

As minúsculas pedras da Lua que foram leiloadas (Foto: SOTHEBY’S)

Os fragmentos eram de propriedade de Nina Ivanovna Koroleva, viúva do diretor do programa espacial soviético Sergei Pavlovich Korolev, que as recebeu em reconhecimento ao trabalho de seu falecido marido.

Koroleva leiloou as rochas lunares na Sotheby’s em 1993. Elas foram vendidas a um colecionador particular, que as revendeu em 29 de novembro deste ano para outro entusiasta da astronomia.

Traje da NASA foi a segunda maior venda do leilão (Foto: SOTHEBY’S)

Embora algumas missões tenham trazido mais de 300 quilos de rochas lunares à Terra, é ilegal que cidadãos as possuam. Em muitos casos, as amostras foram usadas como presentes diplomáticos entre 135 países.

Ainda assim, isso não impediu que um mercado ilegal de pedras da Lua surgisse. Em 1998, agentes alfandegários apreenderam uma rocha do tamanho de uma unha, que originalmente foi oferecida para Honduras por Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos. O detido foi um homem da Flórida que tentou vender a rocha a oficiais disfarçados pelo preço de US$ 5 milhões.

(REVISTA GALILEU)

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