Trigêmeos passam por cirurgia para corrigir condição raríssima que causa deformidades no crânio

quarta-feira, 10 de maio de 2017 às 17:41
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Jackson, Hunter e Kaden Howard, de Nova York (EUA), nasceram com uma forma raríssima de craniossinostose. Isso significa que eles não conseguiram desenvolver completamente seus crânios, causando-lhes deformidades na cabeça.

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Os bebês, que tinham apenas nove semanas de vida no momento da cirurgia, realizaram-na em um hospital de Stone Brook, onde os médicos retiraram um osso de cada um dos crânios. Segundo os pais das crianças, Amy e Michael Howard, 38 e 41 anos, respectivamente, a gravidez ocorreu de forma espontânea e natural. Sendo a primeira gestação do casal, eles só descobriram que estavam esperando três crianças na segunda visita a um obstetra.

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Então, quando a mãe finalmente conseguiu segurar os filhos, às 9h37 do dia 22 de outubro do ano passado, ela não teve certeza de que a forma alongada de suas cabeças era motivo de preocupação. Os meninos foram diagnosticados com craniossinostose quando tinham apenas uma semana de vida, e após uma intensa monitorização feita pelos médicos. Enquanto Jackson e Hunter, que são gêmeos idênticos, tinham uma forma chamada sinostose sagital da doença, Kaden, que é fraterno, nasceu com sinostose metópica. Embora ambas façam parte da craniossinostose, sejam semelhantes e exijam cirurgias de correção, ocorrem em diferentes partes do crânio.

Enquanto que as chances de sinostose sagital e de um para 4.000 nascimentos, a metópica é de um para 10.000. “Se você juntar todos os números, a chance de ter um caso de trigêmeos com essas condições é de um em 500 trilhões”, disse o cirurgião dos meninos, Dr. David Chesler. “As chances de que isso aconteça são tão raras que nunca algo do tipo foi documentado na literatura médica, e ninguém com quem conversei já havia visto isso antes”.

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Ao verificar as significativas deformidades, o médico resolveu realizar uma tomografia computadorizada em cada um dos meninos, a fim de entender quais suas necessidades antes de uma potencial cirurgia. Então, na primeira semana de janeiro deste ano, as crianças foram operadas separadamente ao longo de dois dias. A cirurgia envolveu a remoção de um osso do crânio que se fechou de forma prematura.

Embora a mãe tivesse se preocupado com a possibilidade de danos cerebrais, os médicos lhe explicaram que os riscos eram reduzidos e que as crianças ficariam bem. O pós-operatório envolveu o uso de capacetes customizados que deverão ser mantidos 23 horas por dia, a fim de ajudar a orientar os ossos a se moldarem corretamente à medida que as crianças crescem. Eles terão de usar essa proteção por seis meses, bem como realizar check-ups duas vezes por ano até que tenham completado seis anos de vida.

(JORNAL CIÊNCIA)

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