Dezenas de presos conseguiram fugir, na noite desse domingo (21), do Complexo Penitenciários de Pedrinhas. Um explosivo foi usado para abrir um buraco no muro, na parte de trás da unidade, para que a fuga fosse realizada.
Na ação, dois detentos foram mortos após confronto com policiais do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop).
O repórter Domingos Ribeiro, rádio Mirante AM, conversou com moradores do bairro sobre o pânico vivido por eles durante a fuga dos presos.
Segundo a moradora Maira Ligia, que está grávida, a situação foi de total desespero e muito prejuízo durante a fuga dos detentos da Penitenciária de Pedrinhas.
“Eu estava deitada assistindo televisão quando, de repente, ouvi zoada de tiros. Ai foi que ouvi a primeira bomba, que não atingiu a minha casa. A segunda bomba, que atingiu, derrubou o telhado. Fui para o fundo do quintal e vi detentos saindo. Fiquei entre a cruz e a espada, pois não sabia pra onde ir. Eles passaram por dentro da minha casa. Passei mal. Fiquei imaginando seu meu filho estivesse comigo aqui na hora”, desabafa a moradora.
Leia na íntegra a nota da Seap sobre a fuga de presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas:
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que na noite deste domingo (21) houve uma fuga da Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo CDP. Seis detentos foram recapturados, 24 permanecem foragidos e dois internos morreram, após imediata resposta do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), que controlou a situação no local.
A fuga se deu depois que parte do muro da unidade prisional foi explodido pelo lado de fora, por pessoas ainda não identificadas, e detentos de duas celas do Pavilhão Gama, que serraram as grades e conseguiram passar pelo buraco causado pela explosão.
Após troca de tiros entre bandidos e agentes penitenciários do Geop de plantão, dois internos vieram a óbito, um no local e outro no hospital. Policiais civis e militares também foram acionados, e seguem no encalço dos evadidos.
A gestão prisional ressalta que, por estar separada do Complexo Penitenciário de São Luís, a UPSL 6 é a única unidade prisional masculina que ainda não dispõe de Portaria Unificada e inspeção por BodyScan, a exemplo das demais que compõe o complexo carcerário.
O caso é investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Estado de Investigações Criminais (Seic), que terá 30 dias para a conclusão do inquérito policial.
Nos últimos dois anos, o Governo do Estado investiu forte na segurança e na revitalização do complexo, e conseguiu zerar o número de homicídios intramuros, tirando o Maranhão do topo para último no ranking.
(IMIRANTE)