*Por Anna Laura Castro Sousa
Na série Euphoria, a jovem Kat sofre com os ataques de seus colegas em relação ao seu peso; por ser uma adolescente gorda, seus agressores verbais a oprimem, causando nela um sentimento de inferioridade. Fora da ficção, evidencia-se um cenário nefasto, no qual pessoas são desrespeitadas pela mesma violência sofrida pela personagem. Sendo assim, os caminhos para combater a gordofobia no Brasil incluem tanto o diagnóstico do comportamento social com este grupo quanto o papel familiar na resolução da problemática.
Primordialmente, o tratamento errático que a coletividade reproduz com as intituladas “minorias” é o principal agravante da gordofobia nacional. Para a antropóloga brasileira Lilia Schwarcz, os marcadores sociais da diferença – características que distinguem os cidadãos – contribuem para os estigmas com esses agrupamentos. Nessa perspectiva, os aglomerados dominantes utilizam da singularidade dos indivíduos gordos, colocando-os numa condição inferior à que eles se encontram. Dessa forma, os caminhos para reverter esse obstáculo permanecem distantes.
Ademais, o ambiente familiar é o melhor auxiliador na reversão da gordofobia no Brasil. De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a instituição parental é o mecanismo de socialização primário para formação do ser humano. Logo, no território nacional atual, o apoio familiar é fundamental no combate à temática, visto que defender a diversidade e inclusão moldam cidadãos conscientes. Desse modo, esse ambiente deve contribuir significativamente para atenuar o preconceito com os gordos.
Portanto, medidas são necessárias para promover os caminhos contra a gordofobia no Brasil. Assim, cabe à mídia, por meio das redes de televisão, por exemplo, incentivar o debate sobre a temática, explorando as ficções a produzirem visibilidade para pessoas gordas, a fim de que essas narrativas incentivadoras mobilizem e influenciem a nacionalidade.
Anna Laura Castro Sousa é estudante do ensino médio em Palmas.
