Durante uma fiscalização de rotina nesta segunda-feira, 5, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) identificaram uma carga de animais sem as documentações zoossanitárias e transporte irregular), na barreira fixa de Talismã. A ação resultou em multa de R$ 1.872,64 ao condutor e na apreensão e sacrifício de 30 suínos, uma vez que são procedentes do estado do Pará, declarado como não livre da Peste Suína Clássica (PSC), ficando assim, proibido o ingresso dessa espécie animal no Tocantins, que é considerado livre internacionalmente da doença.
O fiscal agropecuário da Adapec, Cecílio Reis, explicou que no momento da abordagem o condutor da carga apresentou uma Guia de Trânsito Animal (GTA) de 45 bovinos. Porém, ao fazerem a conferência verificaram que haviam 52 bovinos, 30 suínos e sete equinos. “Sendo assim, sete bovinos, sete equinos estavam desacobertados das documentações. Todos os bovinos seguirão para Goiás, assim que forem emitidas as GTAs restantes. Os equinos ficaram com um fiel depositário para realização de exames de Mormo e Anemia Infecciosa Equina. Mas os suínos foram apreendidos por serem proibidos de transitar no Estado”, afirmou.
De acordo com a diretora de defesa, inspeção e sanidade animal Adapec, Regina Barbosa, a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nº 25 de 19/07/2016 prevê a proibição de trânsito de suídeos de zona não livre para área considerada livre. Além disso, a IN nº 6 de 2004, determina que animais interceptados no interior da zona livre de PSC deverão ser apreendidos e sacrificados. “O condutor tentou burlar a legislação, mas nossos fiscais foram atentos e conseguiram identificar as irregularidades”, destaca.
O presidente da Adapec, Humberto Camelo, ressaltou a importância das ações realizadas nas barreiras fixas e volantes para impedirem a entrada e a movimentação de animais que possam colocar em risco a sanidade do Estado. “Para conseguirmos o status de zona internacionalmente livre da Peste Suína Clássica, em 2016, foi um trabalho árduo, que levou muitos anos, por isso temos toda a atenção em resguardar o plantel de suídeos”, ressaltou.
PSC
É uma doença viral, altamente contagiosa que acomete os suídeos, podendo determinar quadros de febre, hemorragias múltiplas e alta morbidade e mortalidade. Os suínos e os javalis são os únicos reservatórios naturais do vírus da Peste Suína Clássica (PSC).
As principais formas de transmissão são: contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue), entrada de animais no plantel sem controle; propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas; utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais; infecção transplacentária.
(SECOM/TO)