Ex-deputado do Tocantins é suspeito de receber R$ 900 mil da Odebrecht

sábado, 15 de abril de 2017 às 19:59
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Ex-deputado Junior Coimbra é citado em um dos pedidos de investigação enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para instâncias judiciais inferiores. O pedido foi feito com base em delação de um diretor da Odebrecht, que afirma ter feito repasse de R$ 1,2 milhões em caixa dois para integrantes do diretório regional do PMDB no Tocantins em 2014.

O suposto repasse é citado na delação de Mário Amaro. Durante o depoimento, ele afirmou ter recebido ordens superiores para “dar apoio” ao partido no estado. Os pagamentos foram definidos durante reunião para buscar pessoas que pudessem apoiar a empresa no Tocantins e no Pará.

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As tratativas supostamente foram feitas com Junior Coimbra, que era presidente do diretório do partido, na sede da Saneatins em Palmas. Primeiro teriam sido pagos R$ 300 mil, para ele, em uma única parcela em janeiro de 2014. Em uma terceira reunião com a presença de dois vereadores de Palmas, Émerson Coimbra (PMDB) e Rogério de Freitas (PMDB), na casa do ex-deputado, ficou definido outros pagamentos para março do mesmo ano.

Nesta última reunião, o deputado teria informado que um repasse de R$ 900 mil deveria ser tratado com os dois vereadores. “Eu entendi que ele estava repassando esse valor, embora não possa afirmar, não apenas a incumbência [de receber] como também o valor para eles”, disse Amaro. O valor foi pago em duas parcelas.
A petição que cita os políticos do Tocantins foi enviada para o Tribunal Regional Federal, da 1ª região, onde as suspeitas serão apuradas.

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