Marcelo Miranda (PMDB) recebeu R$ 1 milhão em pagamentos da Odebrecht durante a campanha para governador nas eleições de 2014, segundo depoimentos de delatores da operação Lava Jato. A propina teria sido repassada pela empresa a pedido de Eduardo Cunha.
Os supostos pagamentos constam nas delações Mário Amaro da Silveira e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Segundo os depoimentos, a negociação para a contribuição em caixa dois foi tratada com Herbert Brito, um dos assessores de Marcelo Miranda, que hoje é o presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
As denúncias constam na petição 6782 e devem ser investigadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo consta no documento, desde que entrou na empresa em 2010, Mário Amaro foi orientado a identificar lideranças políticas que pudessem apoiar e criar “um ambiente favorável aos projetos da empresa.”
Para tratar do pagamento, de acordo com o delator, foram feitas três reuniões em Palmas. Sendo que a primeira aconteceu na casa de Marcelo Miranda, no início de setembro de 2014. Já os pagamentos teriam acontecido na primeira quinzena de outubro do mesmo ano. O codinome dado à transação foi ‘Lenhador’.