Irmãos do deputado Amélio Cayres e mais onze pessoas são alvos de operação da PC no Bico do Papagaio

sexta-feira, 22 de março de 2019 às 09:36
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Foto: Lia Mara / Jornal do Tocantins

AUGUSTINÓPOLIS – O fazendeiro Armando Cayres, irmão do deputado estadual Amélio Cayres (SD), e mais 11pessoas são alvos da Operação Isis, realizada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (22) em quatro cidades do Bico do Papagaio e em Palmas. Eles tiveram a prisão temporária decretada. Outro irmão do deputado, Alvimar Cayres Almeida deve ser conduzido coercitivamente pela polícia. A operação apura a existência de uma associação criminosa no Naturatins que praticava crimes contra a administração pública por meio de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Além da prisão temporária de cinco dias do irmão do deputado, a Justiça também determinou a prisão de Luciana Geremias de Souza, Euerçu Gonçalves da Silva (Araguatins), Orleans Silva Oliveira (Araguatins), Nadson Nammir Borges de Oliveira (Araguatins), Gustavo Ferreira de Sousa (Araguatins), Elizângela Pereira de Souza (Axixá) e Edyvaldo Fernando dos Santos Lima (Araguatins).

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Também foi determinada buscas e apreensão nas residências de Luciana Geremias de Souza (chefe do Naturatins em Araguatins), Euerçu Gonçalves da Silva (Araguatins), Orleans Silva Oliveira (Araguatins), Nadson Nammir Borges de Oliveira (Araguatins), Gustavo Ferreira de Sousa (Araguatins), Elizângela Pereira de Souza (Axixá), Edyvaldo Fernando dos Santos Lima (Araguatins), Werleandro França Almeida (Buriti), Sebastião Afonso Leite de Sousa (Araguatins), Armando Cayres de Almeida (Augustinópolis), sede do Naturatins (Palmas) e sede da empresa Souza Gestão Empresarial e Agronegócios (Araguatins).

Alvimar Cayres Almeida, Natanael Galvão Luz e José Osvaldo dos Santos tiveram a condução coercitiva determinada pelo juiz José Carlos Tajra Reis Júnior, titular da Vara Cível da Comarca de Araguatins. Os presos estão sendo encaminhados à Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Araguatins.

De acordo com o delegado Thiago Bustorff, titular da Deic Araguatins, os funcionários se aproveitam das informações que eles têm dentro do Naturatins para atender donos de propriedades rurais da região que foram multados ou tiveram atividades embargadas.

“Valendo-se de informações privilegiadas que tinham dentro do órgão, na condição de servidores públicos, buscavam os fazendeiros após as multas e ofereciam a eles o serviço através dessa pessoa jurídica para desembargar a obra. Toda aplicação da multa vinha acompanhada de um embargo da propriedade rural e com isso os fazendeiros ficavam impedidos de realizar qualquer comercialização, qualquer atividade na sua propriedade”, disse o delegado.

Ainda segundo as investigações, Luciana de Souza, Orleans Silva e Nadson Nammir, todos funcionários do Naturatins, atuavam no esquema por meio da empresa Sousa Gestão Empresarial e Agronegócios. Para a polícia, Luciana tem um patrimônio incompatível com os ganhos. Um dos imóveis dela está avaliado em R$ 1.8 milhão.

Os três fazendeiros alvos da operação são Werleandro França, Sebastião Afonso e Armando Cayres já recorreram a serviços do suposto esquema dos servidores investigados para obter licenciamentos e documentos públicos fraudulentos.

Na decisão que autorizou a operação, a Justiça também suspendeu por 180 dias as funções públicas de Luciana, Orleans e Nadson, com direito ao salário, e também as atividades de natureza deles por meio da empresa Souza Gestão Empresarial e Agronegócio de toda atividade envolvendo o Naturatins.

A redação do Portal Voz do Bico tenta contato com a defesa dos alvos a operação para saber seus posicionamentos sobre o caso.

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