Justiça determina liberação de investigados em suposto esquema de corrupção no Naturatins

terça-feira, 26 de março de 2019 às 15:23
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Foto: Lia Mara / Jornal do Tocantins

ARAGUATINS – A Justiça determinou que os investigados na Operação Isis, que apura suposto esquema de corrupção Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), sejam colocados em liberdade nesta terça-feira (26). O juiz José Carlos Tajra Reis Júnior, titular da Comarca de Araguatins, expediu o alvará de soltura dos investigados ainda nessa segunda-feira (25).

Devem ser soltos, a chefe do Naturatins de Araguatins, Luciana Geremias de Souza, os servidores Orleans Silva Oliveira e Nadson Nammir Borges de Oliveira, e a empresária Elisângela Pereira de Souza. Euerçu Gonçalves da Silva, marido de Luciana, também sairá com o grupo. A prisão dele foi pelo juiz mediante pagamento de fiança no valor de R$ 8 mil, mas ele optou por não pagar e permanecer preso até o final do prazo.

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A Operação Isis foi deflagrada na última sexta-feira (22) e apura crimes contra a administração pública por meio de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro praticada por funcionários do Naturatins, via empresa de fachada que teria sido criada por eles.

Ao todo, oito pessoas tiveram a prisão decretada e foram conduzidas pela Polícia Civil à Delegacia de Araguatins. Três delas foram liberadas no mesmo dia após prestarem depoimento. As demais ficaram presas. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na casa dos suspeitos, na sede do Naturatins em Palmas e na superintendência do órgão em Araguatins, no dia da operação.

Segundo as investigações, o esquema seria chefiado pela gerente do Naturatins em Araguatins e outros três funcionários seriam responsáveis por autuar fazendeiros e embargar propriedades rurais no Bico do Papagaio. Depois, desfaziam as autuações e multas mediante pagamentos das vítimas a uma empresa de fachada que tem como sócia majoritária, Elisângela Souza.

Conforme o delegado Thiago Bustorff, que comanda as investigações, os funcionários do Naturatins se aproveitam das informações que eles têm dentro órgão para atender donos de propriedades rurais da região. O delegado informou que cada desembargo custava de R$ 3 mil a R$ 6 mil para os proprietários de fazendas.

Por meio de nota, o Governo do Tocantins afirmou que não admite condutas incompatíveis com o exercício de cargo público e que o Naturatins deve abrir procedimentos legais cabíveis para apurar as responsabilidades.

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