Advogado é suspeito de se apropriar de quase meio milhão de reais de vítimas no Bico do Papagaio  

quarta-feira, 21 de novembro de 2018 às 17:59
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Foto: Alan Milhomem / VB

AUGUSTINÓPOLIS – A Polícia Civil de Augustinópolis (TO) investiga a prática, em tese, dos crimes de apropriação indébita, patrocínio infiel, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro por parte de Roberto Almeida Ferreira, advogado militante no Bico do Papagaio e Imperatriz (MA). Durante as investigações, foram identificadas 18 vítimas com aproximadamente 60 ações cíveis ajuizadas junto ao Poder Judiciário com alvarás judiciais já levantados mediante procuração dos beneficiários.

Conforme o delegado Jacson Wutke, durante as investigações as vítimas foram unânimes  em afirmar que foram procuradas por terceiros em nome do advogado para conversar sobre o interesse em judicializar discussão sobre empréstimos consignados realizados em seus respectivos benefícios previdenciários. “O investigado, embora tenha ingressado com as ações, bem assim repassado pequenas quantias às respectivas vítimas e afirmado que existiriam mais pagamentos, acabou desaparecendo, não atendendo mais os telefonemas e as visitas dos beneficiários”, destacou o delegado.

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Ainda nas investigações, a Polícia Civil constatou que houve o levantamento de R$ 676.692,89. Deste total, com base nas declarações das vítimas na delegacia, foi repassado apenas o valor de R$ 172.800,00 aos beneficiários. A polícia contatou que houve o crime de apropriação indébita de quase meio milhão de reais. Os crimes aconteceram entre 2015 e 2018.

“Desta forma, considerando os indícios veementes de que o investigado Roberto Almeida, abusando da confiança e da sua condição de advogado, sobretudo quando a parte se mostrava pessoa humilde, não escolarizada e hipossuficiente, após levantamento judicial dos valores destinados aos seus patrocinados, apropriava-se integral ou parcialmente do valor”, afirmou o delegado.

Acolhendo os pedidos da Polícia Civil, com parecer favorável do Ministério Público Estadual, o juiz da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis decretou a medida cautelar de suspensão do exercício da advocacia, bem como a indisponibilidade de todos os bens móveis e imóveis em nome do advogado, como forma de buscar minimizar os prejuízos às vítimas em posterior reparação de danos. (Redação Voz do Bico, com informações da Assessoria)

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