ANANÁS – O prefeito da cidade de Ananás, Valber Saraiva (PSDC), vai fazer contratos temporários ao invés de convocar os candidatos aprovados no último concurso público realizado em 2016. Além disso, a prefeitura não tem sequer estrutura montada para o desempenho de atividades relacionadas aos cargos de lavador de veículos e máquinas e borracheiro. Esses também serão contratados sem concurso.
Um projeto de lei prevendo as contratações temporárias foi encaminhado à Câmara Municipal e os vereadores já aprovaram. Apenas dois parlamentares votaram contra. O projeto do Executivo prevê a contratação de 70 novos servidores temporários com o prazo limitado de 12 meses.
O prefeito alegou no projeto que os cargos são de “excepcional interesse público” e visam suprir necessidades ‘imediatas e urgentes’ em virtude de vacância de cargos (afastamentos temporários) e inexistência de candidatos aprovados em concurso público.
No entanto, o projeto prevê 10 vagas para professores, sendo que o último concurso ofertou 15 vagas para esse cargo. Também foram ofertadas vagas para odontólogo e psicólogo, profissionais que o prefeito também almeja contratar.
O concurso de Ananás foi realizado em outubro de 2016 e ofertou 133 vagas para níveis fundamental, médio e superior.
Antes da aprovação do projeto no plenário da Câmara, o relator da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, vereador Walfredo Borges, deu o parecer relatando que existe divergência no projeto da Prefeitura.
Ele orientou os demais vereadores a excluírem do projeto os cargos para os quais já existem aprovados em concurso e também para aqueles que a prefeitura não oferta estrutura para a execução dos serviços. O prefeito também deveria encaminhar à Câmara outro projeto autorizando a realização de concurso até 30 de junho de 2018.
A vereadora Elzi (PR), que votou contra o projeto, disse que os aprovados no concurso provavelmente vão recorrer à justiça para serem convocados. “Sou a favor dos cargos necessários. Mas tem o concurso e porque não chamam os aprovados? Todos querem trabalhar”, disse.
Segundo os vereadores que votaram contra o projeto, as novas contratações custarão ao município o valor de R$ 91.417,90, mais 20% de encargos sociais, totalizando cerca de R$ 109.701,48 por mês. (Márcia Costa / AF Notícias)