AUGUSTINÓPOLIS – A população de Augustinópolis está indignada e estarrecida com fotos e videias que circularam nas redes sociais com os escombros do prédio da FABIC, um marco da educação na região desde 2006, completamente destruído. O responsável seria Nilton Souza, CEO da FABIC/FACIMED, que teria ordenado a demolição das paredes, deixando apenas escombros no local. Nem portas, janelas, telhas ou até vasos sanitários foram poupados – tudo foi retirado.
A demolição iniciou dias antes do prédio ser leiloado para pagar dívidas trabalhistas acumuladas pela instituição. Essa atitude gerou revolta, não apenas pelos prejuízos aos credores, mas também pelo desrespeito à história da faculdade, que formou inúmeros profissionais na região, e à comunidade de Augustinópolis.
“Um crime contra a cidade. A justiça e a comunidade, estou incrédula com tudo que vi”, disse uma ex-aluna ao portal Voz do Bico.
O ato, realizado em apenas três dias, é considerado um crime, pois o prédio estava penhorado e deveria ser preservado. Para muitos, essa destruição demonstra um desprezo pelas autoridades, incluindo a Polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Nilton Souza já é investigado pela Polícia Federal por suspeitas de ocultação de patrimônio. Ele é conhecido como dono de seis faculdades espalhadas por diferentes cidades, como Ananás, Araguatins, Buriticupu e Porto Seguro. As denúncias apontam que ele usa “laranjas” e empresas de fachada para esconder bens e fraudar execuções judiciais. Além disso, Nilton é acusado de movimentar dinheiro por meio de contas bancárias em bancos virtuais, dificultando o rastreamento de recursos.
Outras acusações graves
As suspeitas contra Nilton não param por aí. Ele também é investigado por crimes como sonegação fiscal, apropriação indevida de contribuições previdenciárias, falsidade ideológica e fraude à execução. As denúncias indicam que sua estratégia é evitar ao máximo o pagamento de dívidas trabalhistas e impostos.
O que vem pela frente?
A comunidade de Augustinópolis aguarda os desdobramentos das investigações, que podem incluir buscas nas faculdades de Nilton Souza e a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. “A situação reforça a necessidade de transparência e responsabilidade, não apenas de gestores de instituições de ensino, mas também de quem ocupa posições de liderança política na cidade”, disse um advogado ouvido pelo portal.
Essa história serve como alerta para todos: desrespeitar a lei e a comunidade pode ter consequências graves. Enquanto isso, os moradores da cidade esperam por justiça e pelo esclarecimento de todos os fatos.
OUTRO LADO
O proprietário da instituição fez contato por telefone com o portal, informando que encaminharia uma nota onde esclarecia suas motivações pelo ato. Aguardamos a nota para publicação.