ARAGUATINS – Em alusão ao Mês da Consciência Negra e com o objetivo de desenvolver um turismo pedagógico, os acadêmicos, docentes e comunidade participaram de uma aula de campo na região da Orla de Araguatins. A ação foi desenvolvida na noite da última sexta-feira, 8, com alunos do 2º período do curso de licenciatura em Letras da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) Câmpus Araguatins.
A ação faz parte da disciplina de curricularização Política das Relações Étnicos-Raciais, ministrada pelo professor Dr. Diego Grossi e contou com a participação da professora doutora e coordenadora do projeto de extensão Círculo Literário de CiberLeitura, Luama Socio. Durante a aula de campo, os participantes foram incentivados a desenvolver um roteiro pedagógico sobre a história e a cultura local em torno da questão étnico-racial e popular para que o mesmo possa ser usado de maneira pedagógica nas escolas e abrir portas para que novos roteiros sejam criados na cidade.
“O motivo foi justamente a percepção que tivemos de que esse lado mais popular da história de Araguatins é pouco trabalhado. Nas escolas, nos sites oficiais e nas matérias jornalísticas, se vê pouca coisa sobre a população Apinajé que vivia na região antes da fundação oficial no final do século XVIII. Se fala ainda pouco da comunidade quilombola, da Ilha de São Vicente, inclusive a Unitins tem um dos projetos pioneiros que conta sobre a ilha. Também temos na história, a presença do Osvaldão que foi uma liderança negra na Guerrilha do Araguaia que é pouco comentada. O próprio nome Araguatins é uma fusão de dois termos indígenas, Araguaia e Tocantins, nomes de rios de origem Tupi. Então, se a cidade já começa com um nome indígena porque não se fala nada da história dessa população indígena que já estava aqui?”, explicou o professor Dr. Diego Grossi.
Durante a atividade, os acadêmicos, professores e demais participantes fizeram um pequeno tour em torno da Orla de Araguatins em locais que fazem parte da memória e da cultura da região. Em alguns pontos houve a contextualização da atualidade com os acontecimentos do passado, e as marcas que foram deixadas por esses marcos históricos.
Para o coordenador do curso de Letras, Victor Fernandes Borges, a aula de campo é um momento de estabelecer troca de conhecimentos entre os acadêmicos e comunidade externa. “As aulas de campo servem para estimular os estudantes a conhecer um pouco mais sobre a história e cultura de Araguatins, dessa forma, os formandos compreendem o processo de formação social e valorização das diversas etnias, especialmente neste mês de Consciência Negra.
CiberLeitura
Além do roteiro pedagógico outras atividades são desenvolvidas no Câmpus Araguatins com foco no Mês da Consciência Negra. O projeto de extensão Círculo Literário de CiberLeitura também realiza atividades voltadas ao tema. O objetivo do projeto é estimular a prática da leitura literária. A cada mês um livro é escolhido para ser discutido durante os encontros.
Neste mês, as obras selecionadas são totalmente dedicadas à Consciência Negra, tendo como foco a produção de três poetas negros: Solano Trindade, Maria Tereza e Raquel Almeida. As obras avaliadas serão os livros “Poemas Antológicos, Negrices em Flor e Sagrado Sopro”. A participação no grupo é informal e não precisa de inscrição. O PDF das obras pode ser solicitado por meio do e-mail: [email protected] ou no grupo de Whatsapp do projeto de extensão.
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(DICOM UNITINS)