PALMAS – Nos meses de agosto, setembro e outubro a radiação dos raios ultravioleta chega a níveis preocupantes no Tocantins e a população precisa ficar atenta para se proteger corretamente, principalmente por causa do câncer de pele. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Hospital Regional de Araguaína registrou 1.703 casos de câncer de pele entre os anos 2000 a junho de 2018. Só em 2017 foram 100 casos novos e 54 este ano.
Ainda segundo a SES, o número de morte por câncer de pele em todo o Tocantins, de 2017 até o este mês, somam 32 casos, sendo 14 casos por câncer de pele do tipo melanoma. Um dos fatores de risco é a grande exposição ao sol sem proteção adequada, quanto mais queimaduras solares a pessoa sofrer durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele.
Há dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O primeiro tem origem nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais comum em adultos brancos. O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão, porém é mais grave, por conta da alta possibilidade de metástase.
Já o câncer de pele do tipo não-melanoma é o de maior incidência na população, porém de mais baixa mortalidade. Comum em pessoas com mais de 40 anos, é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores.
“O câncer de pele se desenvolve quando as células da pele se danificam e crescem de forma descontrolada. Com isso, células da epiderme se dividem e desprendem-se do corpo. Porém se o corpo não consegue fazer a reparação da célula ela deixa de passar por esse processo natural, mas continua a crescer e a se dividir e pode provocar um inchaço visível sobre a pele, danificar o tecido em volta ou se espalhar para outras áreas do corpo”, explica a dermatologista Raquel Amashta.
Apesar de ser uma doença comum, o câncer de pele apresenta altos percentuais de cura, principalmente se for detectado precocemente. “O médico dermatologista é o profissional que está na linha de frente do tratamento, da prevenção e do diagnóstico. É quem faz todo o acompanhamento do paciente”, ressalta Raquel. (Redação Voz do Bico, com informações da Assessoria)