As crateras existentes na Lua são fundamentais para o estudo do nosso satélite natural. Estas marcas guardam não só o passado dela, mas também o da própria Terra. No entanto, ainda conhecemos muito pouco sobre elas.
A maior e mais antiga dessas cicatrizes é uma cratera monstruosa, uma das maiores, não apenas na Lua, mas de todo o Sistema Solar. A Bacia do Polo Sul-Aitken cobre quase um quarto da superfície lunar, com um diâmetro de cerca de 2.500 quilômetros.
Cratera pode ter se formado de outra maneira
- Não é fácil estudar a Bacia do Polo Sul-Aitken.
- Ela tem mais de 4 bilhões de anos e é enorme.
- Além disso, o tempo escondeu grande parte desta cratera.
- Agora, no entanto, uma nova pesquisa sugere que a antiga e gigantesca cicatriz lunar pode não ter se formado da maneira que pensávamos e pode ser muito maior do que o imaginado.
- As conclusões, descritas em estudo publicado na revista Earth & Planetary Science Letters, pode ter implicações importantes para futuras missões à Lua.
Descobertas podem revelar como a Lua surgiu
Trabalhos anteriores apontaram que a Bacia do Polo Sul-Aitken foi resultado de um impacto causado por uma colisão oblíqua com um grande objeto. Isso teria formado uma cratera em forma mais oval do que circular.
Na nova pesquisa, porém, os pesquisadores estudaram as características geológicas na superfície da Lua. Eles se concentraram em mais de 200 características espalhadas pelos arredores da bacia que a equipe pensou que poderiam ser remanescentes da borda da cratera.
Quando a catalogação e o mapeamento foram concluídos, no entanto, os cientistas identificaram que o formato foi muito mais circular do que o esperado. Os impactos teriam arrancado materiais das profundezas da crosta lunar e os pulverizado sobre a superfície. Como a Lua não sofre erosão de processos climáticos geológicos ou atmosféricos que obscurecem as evidências de impacto aqui na Terra, esses materiais ainda devem estar lá.
Segundo o estudo, “uma forma mais redonda e circular indica que um objeto atingiu a superfície da Lua em um ângulo mais vertical, possivelmente semelhante a deixar cair uma rocha diretamente no chão”. Este impacto faria com que os detritos fossem distribuídos de forma mais igualitária.
De acordo com os cientistas, isso significa que os astronautas ou robôs enviados para o polo sul lunar podem ser capazes de estudar de perto as rochas das profundezas do manto ou da crosta da Lua. Normalmente, estes materiais que normalmente são impossíveis de se acessar. O estudo destes materiais podem, enfim, acabar com todas as discussões sobre como o satélite natural da Terra foi formado.
(OLHAR DIGITAL)