As recentes mudanças climáticas estão fazendo com que as geleiras do ártico derretam, e algumas bactérias e vírus, que até então eram considerados como controlados, estão voltando à tona.
No ano passado, um menino de 12 anos morreu, e ao menos 20 pessoas foram parar no hospital após serem infectadas por antraz na região do ártico. Depois de uma pesquisa, foi revelado que uma hiena contaminada com antraz tinha morrido há 75 anos, e sua carcaça ficou congelada sob a camada de gelo conhecida como permafrost.
Com o aumento das temperaturas, o permafrost derreteu e a carcaça infectada veio à tona, espalhando o vírus do antraz. O aquecimento global faz as temperaturas aumentarem, e consequentemente,as camadas do permafrost derreterem. Geralmente, na época do verão, cerca de 50 centímetros de camada de permafrost são derretidos.
O permafrost é um local propício para bactérias e vírus se manterem vivas por muitos anos e isso significa que o derretimento dessa camada pode fazer com que doenças consideradas extintas voltem à tona. Animais e pessoas têm sido enterrados durante muitos anos no permafrost, e isso pode desencadear que algumas doenças se o derretimento dessa camada continuar.
Um exemplo disso, é o caso de cientistas que encontraram fragmentos de RNA da gripe espanhola, que é do ano de 1918 em corpos enterrados no Alasca.
(JORNAL CIÊNCIA)