Autoridades discutem a situação de índios venezuelanos refugiados em Imperatriz

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020 às 17:35
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O Ministério Público Federal (MPF), a Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB/MA), da Fundação Nacional do Índio (Funai), o governo do Maranhão e a Prefeitura de Imperatriz realizaram uma reunião nesta segunda-feira (10) para discutir a situação dos mais de 60 índios venezuelanos que estão abrigados na cidade, localizada a 629 km de São Luís.

A Comissão de Diretos Humanos da OAB quer que sejam propostas soluções para um novo abrigo definitivo para os indígenas, além de tentar promover educação e geração de renda para os refugiados. Os índios estão abrigados temporariamente, sob cuidados da prefeitura, na sede do prédio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos São José, em Imperatriz.

Índios venezuelanos estão abrigados no prédio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos São José, em Imperatriz (MA) — Foto: Reprodução/TV Mirante
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“Obviamente eles não tem as mesmas condições que eles tinham no habitat deles, mas aqui eles podem aprender outro ofício ou fazer alguma coisa que seja correlata com o que eles faziam, que era o artesanato”, disse Andressa Bonfim, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

De acordo com Lucidalva Santos, assistente social que cuida do abrigo temporário, todas as crianças e adolescentes foram encaminhadas para a educação infantil ou para o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), mas alega que por conta da língua e da cultura, há uma certa dificuldade de aprendizado.

“Já inseri as crianças na educação, já inseri os adolescentes pro EJA porém eles tem uma dificuldade, uma complexidade muito grande. Nós viemos tratar na reunião a respeito de um antropólogo ou outros profissionais que falem a língua deles, que é o arau, ou alguém que fale em espanhol. E que a gente possa dar para eles, desenvolver a demanda que é culturalmente deles”, explicou.

Situação dos indígenas foi debatida durante a reunião. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O procurador da República, Rodrigo Almeida, afirma que a situação está sendo acompanhada de perto e os governos municipais, estaduais e federais, devem apresentar uma solução para os refugiados.

“Se não houver uma solução amigável, consensual, o Ministério Público vai ter que ajuizar outras ações para que essas medidas sejam tomadas. Porque no entendimento do Ministério Público Federal, o poder público tem o dever de propiciar uma melhor situação para esses indígenas”, finalizou.

(G1/MARANHÃO)

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