Maranhão tem redução de 12% nos casos de gravidez em adolescentes

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020 às 17:31
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De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), o Maranhão teve uma queda de 12,74% no número de adolescentes grávidas nos últimos dois anos. Os dados apontam que foram registrados 25.361 casos de gravidez em jovens em 2019 e em 2018, foram mais de 29 mil.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 no estado, mais de 26 mil bebês nasceram de mães com idades de 15 a 19 anos, já em 2015, o número ultrapassou os 28 mil. O relatório da última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), mais de 21 mil adolescentes com menos de 15 anos foram mães em 2018.

Dados do Ministério da Saúde apontam uma redução de 12% de casos de gravidez na adolescência no Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante
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Cerca de 20% das meninas com idades entre 10 e 19 anos que engravidam deixam de estudar, o que aponta a pesquisa do EducaCenso de 2019, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), realizada em cerca de metade das escolas privadas e públicas do Brasil.

Estão entre as mães mais jovens, com idades até 18 anos, as maiores taxas de mortalidade infantil, com 15,3 óbitos, para cada mil nascidos. O número supera a taxa nacional que atualmente, é de 13,4.

Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostra que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre meninas com maior escolaridade e renda, menor acesso a serviços públicos e em situação de vulnerabilidade social.

Riscos

Especialistas alertam que a depressão durante a gestação e após o parto são um dos principais riscos durante a gravidez na adolescência. O problema, pode causar a possibilidade de parto prematuro e o aumento da pressão arterial. É importante também que adolescente tenha acompanhamento médico adequado, realize todos os exames durante o pré-natal e seja acolhida pela família.

Especialistas alertam que o apoio da família é fundamental durante toda a gravidez da adolescente. — Foto: Reprodução/TV Mirante

Ações de redução

Em meio as reduções nos dados no Brasil, o governo federal lançou na última semana a nova Campanha Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência. A campanha foi criticada antes mesmo do lançamento, já que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que seria baseada no incentivo à abstinência sexual.

Para o Ministério da Saúde, a campanha é um alerta para abordar o tema da gravidez principalmente entre adolescentes com menos de 15 anos, que possuem dados expressivos.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a redução das gestações precoces tem relação com políticas educativas e ações para o planejamento reprodutivo que são executadas pelo governo. Dentre elas, estão atividades educativas dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS), de educação sexual e direitos reprodutivos.

(G1/MARANHÃO)

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