Polícia Civil e MP-MA fecham matadouro clandestino em Imperatriz; empresa usaria ossos para fazer ração de gado

sexta-feira, 12 de julho de 2024 às 10:28
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Polícia Civil e MP-MA fecham matadouro clandestino em Imperatriz — Foto: Divulgação

IMPERATRIZ – Após denúncias de utilização de ossos em alimentação de animais ruminantes e de abatedouros clandestinos de suínos, o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e a Polícia Civil (PC-MA) fecharam, na quarta-feira (10), estabelecimentos onde os animais eram mortos e as carcaças guardadas em Imperatriz, a 635 km de São Luís.

Os órgãos se deslocaram ao local onde os animais e os ossos eram armazenados, com o objetivo de apurar as denúncias recebidas. De acordo com a polícia, ao chegar no local, foi encontrada a indústria que, supostamente, usaria os ossos dos animais para fabricar farinha, que seria usada para alimentação de gados.

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O consumo de farinha de osso é prejudicial para os animais porque pode ser um fator desencadeante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca.

Já em outro ponto da operação, uma equipe apurou o abate ilegal de suínos, que ficava próximo ao matadouro municipal de Imperatriz. Segundo os agentes responsáveis pela apuração das denúncias, os animais estavam alojados em condições precárias e o local de abate era inadequado, não obedecendo a legislação sanitária vigente.

Os responsáveis pelo abate clandestino de suínos e responsáveis pela empresa de ração animal foram conduzidos para delegacia para prestar depoimentos. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi instaurado para o ordenamento jurídico do caso.

No término da operação, os agentes disseram que os ossos foram destinados, de maneira correta, para outro lugar e os locais de abate clandestino foram interditados. Além disso, a empresa fabricante e os produtos para alimentação de ruminantes foram interditados por uso irregular do selo de inspeção federal.

Além do MP e da PC, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) também participaram da operação.

(G1 MARANHÃO)

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