A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um homem de 21 anos com 24 comprimidos de anfetamina, conhecidos como “rebites”, em um caminhão durante uma fiscalização na BR-222, em Açailândia, a 561 km de São Luís.
Segundo a PRF, por meio de consultas no sistema da polícia, foi identificado que o motorista do caminhão possuía apenas habilitação provisória nas categorias A e B, quando o correto seria ter a categoria C ou superior para conduzir esse tipo de veículo.
Ainda de acordo com a PRF, o veículo estava em nome de uma empresa de São Luís, que acabou causando uma estranheza para os policiais, o fato da empresa ter confiado a uma pessoa não habilitada para dirigir esse veículo. Portanto, foi feito à revista no interior da cabine do veículo.
Durante a abordagem, o motorista alegou que os comprimidos eram para consumo próprio, tendo ingerido uma unidade pela manhã.
O homem foi autuado pelo crime de porte ilegal de droga para consumo próprio. Por ser considerado pela legislação como crime de menor potencial ofensivo, o motorista assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), elaborado pela PRF, comprometendo-se a comparecer em juízo quando intimado.
Riscos da droga
A anfetamina é um tipo de substância psicoativa que afeta o sistema nervoso central. Ela é conhecida por sua capacidade de inibir o sono, dando uma falsa sensação de diminuição da fadiga, uma característica que tem levado alguns motoristas a fazer uso indevido da substância para prolongar suas viagens.
No entanto, o uso da anfetamina é expressamente proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido aos graves riscos à saúde e aos perigos associados à condução sob a influência dessa substância nociva. A importação e comercialização dessa substância é ilegal no Brasil.
Um estudo divulgado em 2017 aponta que adultos que usam anfetaminas como drogas recreativas, como ecstasy, podem ter um desgaste prematuro do coração e sofrer de problemas cardíacos normalmente associados com pessoas mais velhas.
As pessoas podem buscar a sensação de euforia produzida pelas anfetaminas, mas essas drogas há muito tempo são associadas a maiores riscos de infarto, AVC, sangramento no cérebro, ritmo cardíaco anormal e morte súbita cardíaca, segundo o autor do estudo, Stuart Reece, da Universidade da Austrália Ocidental em Crawley.
Anfetaminas são estimulantes que elevam a produção do hormônio adrenalina, provocando uma extenuação. Pesquisas anteriores ligaram essas drogas ao envelhecimento precoce da pele, e o estudo atual sugere que as anfetaminas também podem provocar um envelhecimento precoce do coração.
(G1 MARANHÃO)