Casa do Estudante em Gurupi apresenta problemas graves de estrutura física, afirma DPE

terça-feira, 28 de agosto de 2018 às 17:06
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Foto: Divulgação

GURUPI – Problemas de ordem estrutural, hidráulica e elétrica foram identificados na Casa do Estudante Adão Ferreira, em Gurupi, no Sul do Estado, durante vistoria realizada pelo Núcleo Aplicado de Defesa das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE). A equipe do Nuamac visitou o espaço com o intuito de amparar relatório que trata sobre a situação das Casas do Estudante no Tocantins.

A Casa de Gurupi conta com dois blocos com acomodações, sendo um piso térreo e outro, superior. Atualmente, a residência abriga 50 moradores, divididos em Bloco A para as mulheres e o Bloco B para os homens. O espaço conta com 32 quartos, com capacidade de até quatro pessoas por quarto. A limpeza do local e a aquisição de material são custeadas pelos próprios estudantes.

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Conforme relatório, os problemas em Gurupi se assemelham à Casa do Estudante de Palmas e Araguaína, com graves problemas estruturais e, inclusive, risco de desabamento. O Nuamac foi informado que último parecer técnico do Corpo de Bombeiros foi emitido em março de 2017, alertando sobre os riscos à saúde e integridade física dos estudantes, porém, desde então, o problema não foi resolvido.

Conforme o defensor público Leandro Gundim, a estrutura da Casa do Estudante em Gurupi é precária, com rachaduras nas paredes, fios e cabos elétricos expostos, e infiltrações em praticamente todas as paredes do prédio.

Além de defasada, a estrutura encontra-se em risco de desabamento, não possuindo condições físicas para moradia. Há falta de telhas, o que causa umidade nas paredes externas e existem partes do forro desprendidas e outras correndo risco de desabamento.

A escada que dá acesso ao piso superior também está deteriorada, comprometendo a segurança dos moradores, sem atender nenhum requisito de segurança exigido pelo Corpo de Bombeiros.

Outro grave problema detectado na vistoria é o esgoto a céu aberto. “Existem sérios problemas na tubulação que liga a caixa de gordura até a fossa, dentro dos cômodos. Isso porque, a cada três meses, os estudantes são obrigados a pagar o valor de R$ 250 para uma empresa especializada em limpeza de fossas para esvaziá-la”, descreveu Leandro Gundim.

Além disso, há perfurações e vazamento nos canos, ocasionando mofo, limo, alagamentos e mau-cheiro. “O vazamento é tão grande, na maioria dos banheiros, que a água desce do apartamento no piso superior pela lâmpada de energia elétrica, impossibilitando inclusive que os moradores utilizam a luz no recinto. Encontramos, em alguns banheiros, perfurações no próprio cano que leva os dejetos até o esgoto, ou seja, todo excremento chega a cair desses canos no banheiro do andar térreo”, acrescenta o Defensor Público.

O relatório do defensor público Leandro Gundim será juntado aos demais relatórios das Casas do Estudante em Palmas, Araguaína e Porto Nacional, que será apresentado em reunião com a participação de representantes de moradores da Casas do Estudante em Palmas e do interior, técnicos e diretores da Secretaria Estadual da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e do defensor público Marlon Costa Luz Amorim. A reunião está prevista para o próximo dia 14, na sede Seduc, em Palmas. (Divulgação / DPE)

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