PALMAS – O projeto de Inclusão Sociopolítico das Comunidades Indígenas da Justiça Eleitoral do Tocantins realizou, nesta sexta-feira (16), as oficinas: Segurança nas Eleições, Diálogos entre Culturas e Inserção Política. Das oficinas foram colhidas informações sobre cada um dos temas propostos para a construção de plano de ação para as eleições 2018 e servirá como base de dados para a promoção de ações que visem à educação política dos povos indígenas.
O coordenador do projeto e juiz eleitoral de Cristalândia, Wellington Magalhães, explicou a importância do atual momento no processo político eleitoral. “Queremos abrir o canal do diálogo para construirmos um projeto em cima da realidade dos povos indígenas. Com as informações teremos condições de fazermos um trabalho mais eficiente”, afirmou.
A oficina Segurança nas Eleições foi mediada pelo juiz de Roraima Aluízio Ferreira de Almeida e o procurador da república no Tocantins e promotor eleitoral, Álvaro Manzano. A equipe abordou que precisa ter mais diálogo, pois ainda existem dificuldades com as forças armadas. Também foi registrada a necessidade de um trabalho específico de capacitação para os não índios, que precisam ter cuidado com a cultura e a língua. Na oficina os líderes indígenas ainda pediram orientação sobre as leis e direitos eleitorais.
“Também é importante a representatividade no processo eleitoral. O TRE vai intermediar para evitar o ruído de comunicação entre os indígenas e as instituições para que tenham confiança no processo eleitoral”, destacou o juiz Aluízio Ferreira.
O cacique Roberto Krahô destacou que o evento vai promover a visibilidade dos direitos dos povos indígenas e que será uma oportunidade das pessoas os enxergarem com outros olhos.
O Workshop terminou com plenária, na qual foram apresentados ao presente todos os conteúdos dos debates das oficinas para traçar um plano de ação para as eleições 2018 e dar continuidade ao processo de educação política da sociedade.