IBGE estima que 4,8% dos tocantinenses moram em domicílios com insegurança alimentar grave

sexta-feira, 18 de setembro de 2020 às 08:00
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Pesquisa mostrou dados mais graves que os de 2013, última vez em que a pesquisa foi feita. Foto: Antônio Cruz.

TOCANTINS – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a insegurança alimentar grave esteve presente no lar de cerca de 73 mil tocantinenses (4,8%) ao menos em alguns momentos entre 2017 e 2018. Do total de domicílios do estado, 45,5% estavam com algum nível de insegurança alimentar, atingindo aproximadamente 750 mil pessoas. É o que retrata a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil, divulgada nesta quinta-feira, 17.

“Quando um domicílio tem insegurança alimentar grave, há uma restrição maior de acesso aos alimentos, com uma redução da quantidade consumida para todos os moradores, inclusive crianças, quando presentes. E nesses lares pode ter ocorrido a fome, situação em que pelo menos alguém ficou o dia inteiro sem comer um alimento”, explica o gerente da pesquisa, André Martins.

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De acordo com a pesquisa do IBGE, 54,4% (cerca de 263 mil) dos domicílios do Tocantins estavam em situação de segurança alimentar entre 2017 e 2018. Os demais (45,6% ou aproximadamente 221 mil) estavam com algum grau de insegurança alimentar, sendo: 30,3% leve, 10,5% moderada e 4,7% grave.

Já em relação à população residente no estado, 51,1% (cerca de 785 mil) eram moradores de domicílios com segurança alimentar, enquanto 48,8% (750 mil) habitavam em lares com alguma insegurança alimentar (IA), assim distribuídos: 32,2% dos tocantinenses estavam em domicílios com IA leve, 11,8% com IA moderada e 4,8% com IA grave.

Na comparação com 2013, a última vez em que o tema foi investigado pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a prevalência de insegurança quanto ao acesso aos alimentos aumentou nos lares tocantinenses. A insegurança aparecia em 37,5% dos domicílios do estado na PNAD 2013. Mas em 2017-2018, houve uma piora, subindo para 45,5%.

(Assessoria IBGE)

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