PM registra aumento de denúncias de violência contra a mulher no mês de agosto

quarta-feira, 16 de setembro de 2020 às 08:53
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Setor da equipe especializada no combate à violência contra as mulheres. Foto: Ascom 5ª CIPM.

TOCANTINS – Em agosto, mês de combate à violência contra a mulher, a Polícia Militar do Tocantins recebeu 192 chamadas de denúncias de agressões ao gênero, através dos canais de emergência. O número é quase 7% superior ao registrado no mês de julho deste ano, quando os policiais atenderam 178 ocorrências. As estatísticas abrangem violência física, violência psicológica, patrimonial, moral, tentativa de homicídio e feminicídio.

Dados do levantamento feito pela Polícia Militar dão conta que no mês de julho 131 mulheres pediram socorro por algum tipo de agressão física e em agosto 134. 33 mulheres denunciaram violência psicológica em julho e 47 em agosto. Houve 3 tentativas de homicídio em julho e 2 em agosto.

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O aumento de denúncias de violência doméstica não significa necessariamente que houve um aumento direto na violência contra as mulheres, mas os números podem ser reflexos de uma maior segurança das mulheres em denunciarem as agressões, diminuindo assim os casos de subnotificação da violência.

De acordo com a capitã da Polícia Militar, Flávia Roberta de Oliveira, comandante da Patrulha Maria da Penha no Tocantins, o fato pode estar ligado ao aumento de informações recebidas durante o mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, através de campanhas informativas e ações de conscientização, pela intensificação das ações pela Polícia Militar, e também pelo maior acesso da população às delegacias especializadas.

“Esse tipo de crime é milenar e apesar de a quarentena, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, implicar no risco de aumento dos casos de violência devido à convivência forçada, a mulher também está mais informada sobre seus direitos e medidas de proteção e cria coragem de denunciar o agressor, principalmente no mês de agosto quando se fala muito sobre o combate a este tipo de crime e os trabalhos sociais, preventivos e de conscientização se intensificam”, disse a capitã.

Atualmente, a Patrulha Maria da Penha atende uma média de 60 mulheres que passaram por algum tipo de trauma e possuem medidas protetivas autorizadas pela Justiça. Os policiais treinados atuam na fiscalização do cumprimento da medida através de visitas preventivas na intenção de proporcionar mais segurança às atendidas. Os casos são encaminhados pela Vara de Combate à Violência contra a Mulher.

(Ascom PMTO)

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