A Semana do Pescado está em sua 21ª edição e tem como objetivo fomentar ações e o consumo de peixes, frutos-do-mar e demais pecados em todo o país. O Tocantins é um produtor iminente com capacidade de produzir aproximadamente 900 mil toneladas e ocupa, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) a 18ª maior produção de peixes do Brasil, mas a ideia é colocar o Estado entre os cinco maiores até 2027. A Semana segue com ações até o próximo dia 15 de setembro e tem o apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que criou a data em 2003.
O diretor de Desenvolvimento da Aquicultura da Secretaria de Pesca e Aquicultura, Thiago Tardivo, falou sobre as ações desenvolvidas durante a Semana do Pescado. “O objetivo dela é promover o consumo de pescado, sendo aí uma terceira data para apoio ao consumo do pescado. Então, são feitas ações a nível nacional e a nível estadual de promoção de consumo, tanto com palestras, criação de pratos, promoção em supermercados, varejo, e este ano, a gente está focando basicamente na parte de pesquisa e academia, tanto a parte de capacitações de técnicos e produtores, por meio, agora do primeiro Simpósio de Zootecnia, do IFTO, que vai ser com o tema de aquicultura e piscicultura. Então essa é a nossa principal ação, além de promover junto aos parceiros o consumo de peixe”.
A estimativa do MPA é que haja um aumento no consumo de pelo menos 30% durante a Semana e fortalecendo assim, o setor tanto na indústria, em supermercados, peixarias, feiras, pontos de venda no atacado e varejo, restaurantes até a chegada do produto final aos consumidores.
Produção no Tocantins
Os dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), mostram que o tambaqui é a principal espécie produzida no Estado atualmente, sendo responsável por 48% do volume da produção no Tocantins. Seguidos do tambaqui, existem ainda os híbridos tambacu e tambatinga que representam 34% da produção e 10,49% é o pintado e seus híbridos.
Apesar de não ter registrado um avanço no ranking nacional, o Tocantins registrou um aumento de 6,7%, atingindo 17.350 toneladas, em 2022, representando 1,85% na produção total de pescado no país, conforme a Associação Brasileira da Piscicultura.
Além disso, após o incentivo para a produção de tilápia em tanque rede no reservatório da Bacia Rio Tocantins e alterações na legislação, o Estado teve um aumento na produção desse pescado, que saltou de 80 toneladas em 2020 para 450 toneladas em 2022, quando foram lançados os últimos dados.
Benefícios do consumo de pescado
Matéria-prima de diversos pratos saborosos, como a moqueca por exemplo, que dá água na boca só de lembrar, o consumo de pescado tem um papel importante na alimentação e na saúde.
O pescado é uma proteína rica em retinol, ferro, zinco, vitamina D, E e B12, cálcio, iodo, selênio e elevadas quantidades de ômega 3 e é associado também à proteção contra doenças cardiovasculares e AVCs.
A nutricionista Ludmilla Moreira explicou que o consumo de pescados podem ajudar no aumento de músculos, saúde da pele e até células nos nossos órgãos. Ela falou também das vantagens do consumo de peixes.
“Apesar do nosso país ter, na mesma parte das regiões, ou mar, ou rios, nós, a população brasileira, tem uma baixa frequência no consumo de pescados. Uma pena, porque os peixes, assim como as carnes e aves, possuem uma excelente fonte de proteína. As proteínas são importantes para a manutenção, o aumento de músculos, da saúde da pele, do cabelo, renovação de células nos nossos órgãos, fortalecimento do sistema iminológico. Mas os peixes apresentam uma vantagem em relação às carnes vermelhas, pelo menor conteúdo de gorduras, e também por possuírem, na verdade, uma alta proporção de gorduras insaturadas., aquelas conhecidas como saudáveis, sendo então excelentes substitutos para a carne vermelha. Os peixes, principalmente os mais gordurosos, possuem essas gorduras insaturadas, ômega 3 e ômega 6, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a regular o colesterol ruim, que seria o LDL, e triglicerídeos, e são capazes também de aumentar os níveis de HDL, conhecido como colesterol bom no sangue. Então, isso faz com que a gente reduza os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o AVC, pressão alta, infarto, e também eles são ricos em muitas vitaminas e minerais, como ferro, zinco, B12, vitamina D, selênio, fósforo, entre outros”, disse.
Evite ultraprocessados
Além dos preparos para as refeições que são diversos, a nutricionista Ludmilla explicou ainda que o ideal é que o peixe seja consumido ainda fresco e sem ser ultraprocessado, como nuggets por exemplo.
“Os peixes podem fazer parte das nossas principais refeições, como almoço, jantar, e de forma saborosa, prática. É interessante que a gente varie esses tipos de peixes, as formas de preparo, então podemos fazê-los assados, grelhados, ensopados, tipo, em moqueca, em cozidos, podem ser também um ingrediente para a salada, ser usado no pirão, no recheio de tortas, e o ideal é que a gente consuma é o peixe fresco, e evite, por exemplo, o peixe em conserva ou, por exemplo, ultraprocessados, tipo nuggets de peixe, porque a gente perde um pouco dessas propriedades benéficas. Nos ultraprocessados, entram maior quantidade de sódio, de gordura, de conservantes, corantes. E é legal que a gente consuma peixes pelo menos duas vezes na semana, essa é a recomendação, tá E tem também a preparação frita, mas no dia a dia é legal que a gente dê prioridade para essas outras preparações que não sejam as fritas, que vez em quando não há nenhum problema. A questão mesmo é não incorporar no dia a dia a fritura”, finalizou.
(SECOM-TO)