Estação espacial chinesa cai no Oceano Pacífico sem causar estragos

terça-feira, 3 de abril de 2018 às 10:57
118 Visualizações
Reentrada da Tiangong-1 na atmosfera terrestre ocorreu perto do Taiti na noite de 1º de abril (Foto: Divulgação)

Após dias de intenso acompanhamento por observatórios, caçadores de satélites e centros aeroespaciais de todo o planeta, acabou a novela da Tiangong-1, “Palácio Celestial” que é o orgulho dos chineses. Lançada em 2011 e há dois anos fora de controle, a estação espacial se incinerou na atmosfera sobre as águas do Pacífico Sul.

Órgãos internacionais que monitoram objetos em órbita e lixo espacial afirmam que a reentrada ocorreu em um ponto próximo ao Taiti, às 21:16 no horário de Brasília deste domingo, 1º de abril. Ainda não há informações sobre possíveis destroços, mas as autoridades chinesas anunciaram que “boa parte” da estrutura de 7,5 toneladas foi completamente queimada.

Publicidade

Até os últimos momentos, não estava claro onde o módulo iria reentrar — é muito difícil prever o comportamento do lixo espacial na atmosfera. Ainda mais quando se trata de um objeto relativamente grande como o laboratório orbital chinês: sua envergadura, somando os painéis solares, chegava a 17 metros.

Na semana passada, cogitou-se inclusive que a Tiangong-1 caísse sobre o Brasil no feriado de Páscoa, previsão que não se concretizou. Horas antes do evento, no entanto, a agência espacial chinesa insinuou em comunicado que a reentrada poderia ocorrer próximo a São Paulo, podendo ser avistada do litora do Sudeste ou do Sul.

Com isso, termina também o primeiro capítulo da saga do programa espacial chinês para ter uma estação espacial de grande porte na órbita terrestre. Com duração inicial prevista para dois anos, a missão da Tiangong-1 foi adiada diversas vezes para testar primeiro as tecnologias, e depois a durabilidade dos materiais e equipamentos.

Em 2016, os chineses lançaram seu segundo laboratório espacial, Tiangong-2, com o objetivo de concluir os testes para lançar uma estação própria já em 2023. Se o consórcio de agências por trás da ISS descontinuar o programa internacional em 2024, então a China será a única nação com um entreposto científico na órbita terrestre baixa.

(REVISTA GALILEU)

-- Publicidade --

Comentários no Facebook